Sou apenas um torcedor do America que, por anos, frequentei estádios com meu falecido pai. Algumas das melhores lembranças que tenho com ele são as vezes que chegávamos para a preliminar no Andaraí, ou em Ítalo Del Cima, ou na Bariri, ou em Conselheiro Galvão, em Moça Bonita, no Godofredo Cruz... A lista é extensa. Os papos na preliminar eram verdadeiras lições de vida.
Meu pai era uma pessoa formidável. Repetiu comigo os momentos que viveu com meu avô, de quem herdei o nome. E le me ensinou muitas coisas, inclusive a nobreza de torcer para o America. Ser America é um caso de amor incondicional. Você acompanha o time em qualquer divisão. Cada vitória é comemorada como uma conquista de título.
Sou de uma época (que saudade!!!) que o America tinha a fama de "nadar, nadar e morrer na praia". Esta fama se devia ao fato de o America ter equipes competitivas, capazes de fazer frente a qualquer time no Rio ou no Brasil.
Quando fomos "garfados" à época da famigerada Copa União, chorei. Quando o time voltou em 1988 e foi rebaixado, depois de tantas disputas de pênaltis (naquele ano as partidas empatadas iam para os pênaltis), chorei.
Depois disso houve uma sequência de insucessos e desmandos por pessoas que, supostamente, eram torcedores fervorosos do America. Mas que não entediam NADA de gestão. O America foi afundando, afundando, até quase fechar as portas. Hoje nem nada mais!!!
Em 2005, colaborei com a diretoria, ao firmar parcerias que proporcionaram uma pré-temporada digna de clube de Série A. Colaborei sem exercer qualquer cargo. Apenas pelo prazer de colaborar.
Havia um trabalho sério desenvolvido pelo então presidente, Reginaldo Mathias. Assumi, a seu convite, a diretoria de marketing do clube e colaborei na formação da melhor equipe que o America teve nos últimos 25 anos. Saí com o sentimento de dever cumprido. O America foi o time de melhor campanha, encheu toda a torcida de orgulho. Perdeu o título? Sim. Havia nadado, nadado e morrido na praia. Mas estávamos voltando a nadar.
Saí para dar maior atenção à vida profissional. Tornei-me empresário, palestrante e, em breve, estarei lançando meu primeiro livro.
Garanto para todos: nos próximos 10 anos não pretendo assumir novamente NENHUM cargo no America. Sonho, sim, em ser presidente, sonho justo e de direito de qualquer torcedor. Mas daqui a 15 anos. Só que para isso o America tem que continuar existindo daqui a 15 anos. Não quero ser presidente de uma massa falida.
Quero colaborar com o clube, ajudar a criar um novo modelo de gestão, mais ágil e mais profissional. Posso fazer isto sem ocupar qualquer cargo.
Quero colaborar no aumento de sócios, levando para o dia a dia do clube pessoas do bem, competentes, honestas e comprometidas com qualidade. Fazer com que estas pessoas formem uma "corrente do bem" e liderem uma renovação dos quadros.
Não vou citar nomes, até para não baixar o nível, mas a diretoria atual tem gente que inclusive já deixou de frequentar o estádio por aliciar menores e incitá-los à violência (isto eu tenho como provar). O que eu quero é varrer do clube quem só quer "se dar bem" com o America. São pessoas frustadas profissionalmente e que tem como maior sucesso na vida um cargo de primeiro ou segundo escalão no clube.
Sei que há gente "do bem" nesta diretoria. Pessoas que estão bem intencionadas e que querem o melhor para o clube. Só que, infelizmente, é mais fácil destruir que construir. O negativo chama mais atenção que o positivo. Acredito que o que houver de bom deve ser mantido e receber apoio. Inclusive estou certo que estas pessoas querem o sucesso deste movimento, que para dar certo, precisa do apoio de gente "do bem".
Se você quer o bem do America, divulgue nas redes sociais, fale com os amigos, passe esta ideia adiante. Vamos conversar. O America precisa de você.
O America tem jeito. Mas não com esta diretoria.
Mario Linhares
mariolinhares@yahoo.com.br
Siga-me pelo Twitter: @LinharesMario
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