domingo, 1 de abril de 2012

O America precisa de gestão competente, não de quem "morra" por ele!!!

Tenho recebido diversos e-mails sobre este e diversos outros movimentos existentes e acho muitos deles válidos e excelentes. Tem coração. Vontade de reconstruir o America. Uma coisa temos em comum: sabemos que é necessário mudar. Do jeito que está estamos fadados a um triste fim.

Mas este movimento é diferente. Não parte da premissa que os integrantes tenham que ser torcedores fervorosos do America. O requisito básico é a experiência em gestão e a competência comprovada.

Antes de nos aprofundarmos, vamos analisar alguns fatos:

1) Quem elege o presidente e vices é o Conselho Deliberativo, formado por 150 conselheiros e 30 suplentes;

2) Para ser conselheiro ou suplente é necessário ser sócio há um ano e estar em dia com as mensalidades;

3) Quem elege o Conselho Deliberativo são os sócios proprietários, não os torcedores. A grande maioria destes sócios - cerca de 80% - torce para outros times e não tem o mínimo interesse no time de futebol, só na sede;

4) As cinco últimas eleições para o Conselho Deliberativo tiveram média de 700 eleitores, sendo que nas duas últimas houve chapa única por não haver 180 pessoas que aceitassem formar nova chapa.

Analisando os fatos acima, decidi iniciar esta "corrente do bem" para reunir 300 torcedores e simpatizantes do America Football Club. Quando falo em simpatizantes e não apenas torcedores fervorosos é por constatar que há poucos americanos - infelizmente menos de 300 - com as características necessárias para a reconstrução do clube.

A diretoria atual - assim como a anterior - está repleta de pessoas que "dariam a vida pelo America", porém a maioria nunca gerenciou nem um botequim. O resultado é este: time perdido, clube quase falido, diretoria atirando para todos os lados. O America adotou a famigerada "gestão de puxadinhos", aquela sem planejamento algum, que as ações são reativas.

Prefiro muito mais uma pessoa proativa, que faça acontecer, que seja realizada profissionalmente, que tenha estabilidade financeira e experiência em gestão, que esteja antenada com o que há de mais moderno em tecnologia, que ocupe ou que ocupou cargos executivo em grandes empresas.

Há centenas assim no Rio de Janeiro. Garanto que a grande maioria deles ADORAM futebol e sonham em participar ativamente da gestão de um clube de FUTEBOL. E garanto que se comprometeriam com o reerguimento do America. Note que não coloco nas qualificações básicas a necessidade de ser capaz de "morrer pelo America". Somente que se comprometam com o resultado, algo que estão acostumados a fazer em suas rotinas diárias.

Pergunto: quem vocês preferem à frente do clube? Quem pode realizar um planejamento mais eficaz? Quem é mais capacitado a buscar no mercado os recursos necessários? Quem tem mais credibilidade junto a grandes corporações? Quem pode efetivamente tirar o America desta situação e recolocá-lo novamente na elite do futebol brasileiro? O torcedor fanático ou o gestor comprometido com o resultado, mas que torce para outro clube.

Em minha opinião, as pessoas envolvidas neste processo precisam OBRIGATORIAMENTE ter experiência em gestão: o clube precisa de transformações profundas, precisa de planejamento.

Conselheiros e diretores não são remunerados, por isso precisam ter situação financeira estável. Não para ajudar o clube mas para não se servir dele. Estas pessoas tem que se associar ao clube, pagar mensalidade e doar tempo para, eleitos para o Conselho Deliberativo, debater problemas e apontar soluções. Qualquer mudança estatutária demanda a presença de 100 conselheiros. Sabem qual a média de participantes em cada reunião? Entre 60 e 70;

As mudanças, uma vez aprovadas pelo Conselho Deliberativo, precisam ser implementadas pelo Conselho de Administração (presidente e diretoria). Estes cargos demandam dedicação INTEGRAL. Requerem CORAGEM. Exigem PULSO FIRME. É preciso saber MOTIVAR pessoas. Estas São características que só quem ocupa cargos de liderança desenvolve. Não se nasce sabendo.

Volto a repetir: não sou candidato a nenhum cargo no momento. Pretendo, sim, ser presidente do clube daqui a 15 anos, quando me aposentar e dedicar-me EM TEMPO INTEGRAL à presidência. Mas pretendo colaborar neste processo. Afinal de contas não quero ser presidente de uma massa falida!!!

Mais uma coisa: em nenhum momento cito honstidade como qualidade, por acreditar que esta é uma característica fundamental em qualquer atividade. Não há mérito na honestidade. É obrigação do cidadão ser honesto. Em contrapartida, a falta de honestidade deve ser abominada, execrada. Essa é uma questão de caráter. Não se ensina. 

O America tem jeito. Mas não com esta diretoria.

Mario Linhares
mariolinhares@yahoo.com.br

Siga-me no Twitter: @LinharesMario

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